Estamos no mês de prevenção ao suicídio, “Setembro Amarelo”. Porém sabemos que o suicídio pode ocorrer em qualquer momento e a qualquer hora. A palavra suicídio gera na maioria das pessoas um receio; falar sobre suicídio ainda é um tabu. A ideia de que se falarmos sobre o assunto estaremos incentivando o suicida a efetivar sua ideia, é errônea.
O suicídio é uma saída encontrada pelo indivíduo para lidar com sua dor intolerável e que, se for compartilhada, pode ser aliviada e prevenida. Em minha experiência profissional já lidei com muitos casos de pacientes que mencionaram a ideia de suicidar-se. Muitas vezes essa ideia não é exposta de forma direta “vou me matar”! Até pode ocorrer, porém, na maioria das vezes, a ideia de suicidar-se é acompanhada de outros indícios que nos indicam o perigo. Algumas frases podem elucidar a ideação suicida: “chega de caminhar, chega de diversão”, “O mundo não faz mais sentido”, “antes eu sentia alegria, hoje não vejo mais propósito em nada”, Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, “eu queria sumir, não aguento mais viver desse jeito”.
Sabe-se que o suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, podendo afetar indivíduos de diferentes origens sociais, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero, enfim, pode afetar a todo e qualquer ser humano que esteja em sofrimento. Porém o suicídio pode (e deve) ser prevenido!
Existe o pré-conceito de que as manifestações suicidas são apenas ameaças ou interpretadas como chantagens emocionais, mas não, elas são avisos de alerta para um risco real. Quem já não ouviu ou até mesmo disse “se quisesse se matar já teria se matado” ou “ quem faz não avisa”. Isto é totalmente errado; o sujeito em sofrimento que acaba enxergando a morte como única saída, faz todas as tentativas possíveis de pedido de ajuda, pois morrer será sua ultima opção mas é este o ponto que ele se encontra, o sofrimento esta tão intolerável que morrer se tornou a única opção.
Ele não enxerga, nem percebe, as possibilidades de vida, mas quem o escuta deve, sim, mostrar que existe possibilidades de diminuir o sofrimento. As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo os telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer, pois não sentem mais ânimo nem prazer em realizá-las.
Pensamentos como querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis e pode ser muito difícil saber o que fazer, como superar esses sentimentos, mas existe ajuda disponível. É muito importante conversar com alguém em que se confie. Não hesitar em pedir ajuda. A psicoterapia é uma das opções quando alguém esta nesse momento de sofrimento. Auxiliar a procurar um profissional pode ser a maior ajuda a prestar a alguém que se encontra nessa situação. Falar sobre o assunto de maneira verdadeira e honesta pode aliviar a dor e abrir novos caminhos.
O profissional de psicologia é capacitado a falar sobre o suicídio e entender a dor do outro, sem que isso se torne uma ameaça. O sentimento do suicida é de que não existe mais nenhuma opção a ser tomada, porém, quando auxiliado de forma correta uma nova chance se abre, a da Vida! Portanto, devemos falar, sim, sobre suicídio!
AUTORA PSICÓLOGA AMANDA ZETTERMANN
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