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Adolescência: Só uma fase?

É comum no dia a dia ouvirmos frases como “adolescente é tudo igual”, “todo mundo sobrevive à adolescência”, “adolescência é frescura”.

Não. Adolescência é bem mais do que uma fase e deve ser olhada de perto.

É bem difícil ser adolescente.Tem a mudança corporal, que acontece tão rápido que nem se percebe. O corpo amadurece, ganha pêlos, ganha seios, ganha formas que antes não existiam. O indivíduo passa por um luto pela criança que se era e que não existe mais, por tudo da infância que deve ser deixado para trás para poder crescer. Há também as exigências da família e da sociedade, “já é mocinha” para as meninas ou “já ta na hora de arranjar uma namorada” para os meninos. Tem a expectativa de um futuro que não se sabe muito bem quando vai chegar, tem menstruação, tpm, masturbação, espinha, competições, comparações. É todo um movimento necessário, toda uma energia que se gasta para se descobrir, para se experimentar, para conhecer e construir a própria identidade, entender a sua essência. Isso é bem cansativo e cada um sente de um jeito.

Isso é singularidade.

Há semelhanças entre os adolescentes? Claro que há. A explosão de hormônio é uma delas. Mas a forma como cada um vai lidar, a forma como cada um vem se estruturando é tão particular, tão ímpar. E, claro, tudo vai estar muito relacionado com a forma como foi a infância. Fato é que não se pode comparar, mensurar ou qualificar sofrimento, e ele provavelmente irá existir, seja na intensidade que for.

O adolescente precisa se encaixar em um grupo, se aceitar e ser aceito, ter boas notas, escolher uma profissão, se apaixonar e desapaixonar, lidar com todas as mudanças que chegam sem mais nem menos, uma vida adulta que bate na porta enquanto se brincava de esconde-esconde e se deparar que o tempo passou e as responsabilidades só aumentam. Nem sempre o adolescente consegue expressar o que sente ou explicar porque seu humor oscila tanto (e como oscila, faz parte). Não acho que seja fácil ser adolescente, nem ser pais de adolescente, nem professor ou terapeuta.

Mas acredito que é necessário olhar mais para ele. Com respeito, sensibilidade e empatia. A família tem que estar atenta. A escola tem que estar alerta. Não há espaço para banalizar a adolescência. Não banalizem o sentimento, o sofrimento, o crescimento. Todos temos dias ruins, responsabilidades e obrigações, mas na adolescência tudo tem maior intensidade.

O adolescente quer (precisa) explorar o mundo, mas quer um porto seguro para voltar quando o mar estiver muito agitado.

 

AUTORA PSICÓLOGA RENATA ROSSETTI

 

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